A vontade de ser jornalista se estabeleceu em mim por volta dos 9 anos
de idade. Mas ser jornalista sempre esteve entre as minhas brincadeiras de
criança. Muito por influência de um de meus tios paternos, dizia que
gostaria de ser astrônoma quando crescesse, isso por volta dos 5/6
anos. Porém, quando iniciei o ensino fundamental fui aos poucos percebendo que
minha vocação não estava seguindo para aquela área. As aulas de português,
redação, história e geografia não só me animavam como meu bom desempenho era
natural.
Na escola onde fiz o ensino fundamental, uma aula vaga foi utilizada para
a confecção de um material didático que acompanhava nosso livro de redação: um
jornal. Era um encarte em forma de jornal, todo diagramado, mas com o espaço
dos textos e fotos em branco. Aquela aula passou a ser chamada de "aula de
jornal". E tivemos essa tarefa por uns 4 anos ou mais. Lembro bem que eu
era uma das poucas alunas que gostava dessa aula.
Tenho sorte também em ter acrescido em uma família que preza muito
a educação e a cultura. Cresci rodeada de livros e ouvindo discussões sobre
arte, política, filosofia entre outros temas. Essa atmosfera é também uma
grande influência no meu amor pelo conhecimento, minha curiosidade sobre todos
os assuntos e no meu hábito de leitura. E acredito que minha preparação começou
já neste ponto, dentro de casa.
E desde que comecei a pensar na profissão venho me dedicando a tudo que
possa ajudar na minha formação como jornalista, antes mesmo de chegar na
faculdade. A graduação, aliás, foi um passo natural. Foram 4 anos de muito
esforço, onde procurei aproveitar tudo o que a universidade me ofereceu.
Completando essa formação vieram os estágios e o famoso "aprendizado na
prática".
Depois de tudo isso posso dizer que o jornalismo é um dos amores da
minha vida. Não me imagino fazendo outra coisa da vida e nem quero! Está na
minha essência, na minha alma, é o que sinto que nasci pra fazer. E levo como o verdadeiro sacerdócio que é.