"Sabina vai expor fotos de pinguim nascido no ABC" - Diário Regional

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Sabina vai expor fotos de pinguim nascido no ABC

Desde o último domingo (29), o casal Kowalskina e Buzininha se reveza para cuidar do mais novo morador da Sabina Escola Parque, em Santo André. O filhote de pinguim é o primeiro a nascer no local, que possui os únicos exemplares da espécie no ABC. No entanto, ainda levará no mínimo três meses para que os visitantes consigam ver o novo integrante da família. “Talvez comece a sair do ninho com dois meses, mas entrar na água só quando ganhar as penas impermeáveis e isso só ocorre no final dos três meses”, explicou a veterinária Jessica Ribeiro. A Sabina possui uma colônia de 13 pinguins, 12 fêmeas e 11 machos. A prefeitura estuda a possibilidade de abrir votação para escolha do nome do bebê pinguim.
Por enquanto, os pais da pequena ave não o deixam sozinho, se revezando na tarefa de protegê-lo e alimentá-lo. A toca onde está o ninho fica nos fundos da área dos pinguins, somado ao fato de que os pais ficam a maior parte do tempo em cima do bebê para aquecê-lo, é muito difícil conseguir ver o filhote. “Ainda não mexemos nele, só depois que começar a sair do ninho que vamos poder examinar”, completou a veterinária. O filhote possui entre 10 e 12 centímetros, um adulto chega, em média, a 70 centímetros, tamanho que poderá atingir antes de completar um ano.
Para matar a curiosidade do público, o parque, que reabrirá na terça-feira (7), vai montar uma exposição com fotos e vídeos do novo morador. O nascimento está sendo comemorado não só por ser o primeiro na região, mas também pela reprodução de pinguins em cativeiro ser considerada difícil. “Para conseguir reproduzir o ambiente tem de ser muito bom. Todos os detalhes interferem”, pontuou.
Preservação
A espécie do parque, os pinguim de Magalhães, é originária da América do Sul, principalmente da região da Patagônia, sul da Argentina, e frequentemente aparece em praias brasileiras. A veterinária destacou que por causa dos desenhos animados é muito comum as pessoas questionarem como conseguem viver no calor do Brasil, ainda mais neste verão.
Porém, a maioria das espécies vive em regiões de clima “temperado” e costuma migrar para lugares mais quentes no período de inverno. Por isso o clima na área dos pinguins da Sabina é mantido entre 14 C° e 27C° e, assim como a iluminação, é essencial para a reprodução ocorrer ou não.
Outro motivo para comemorar o nascimento, segundo Jessica, é que a espécie está entrando na zona de “vulnerabilidade”, ou seja, ainda não corre risco próximo de extinção, mas devido à poluição e a pesca industrial estão e enfrentando problemas para sua preservação natural.
“Às vezes o ovo fecunda, as vez não. Então, podem acabar não vingando. É natural, ainda mais para eles que são muito novos. Têm apenas 6 anos, e vivem em média 20, 25 anos”, ressaltou a veterinária. A maturidade sexual dos pinguins é atingida entre 5 e 7 anos.
“Os outros casais também são muito novos ainda. Quem sabe no ano que vem teremos um sucesso maior”, pontuou.Entretanto, a Sabina terá de controlar a reprodução dos pinguins futuramente, já que para o local só é permitido, por lei, ter no máximo 28 pinguins.
Reprodução
A temporada de reprodução da espécie começa em setembro, mas no parque o primeiro ovo foi posto em novembro do ano passado, por outro casal de pinguins. Em média os filhotes ficam de 38 a 42 dias no ovo – com 40 dias o bebê de Kowalskina e Buzininha nasceu. Os outros quatro casais do local também botaram ovos, oito no total, mas além do que deu origem ao filhote apenas outro ovo restou, o do casal Gata e Bira. “Este já está com 42 dias, talvez nasça até domingo, mas acho difícil”, ponderou a veterinária. Além de servirem de ferramenta educacional para as crianças que visitam o parque, os pinguins da Sabina também são objeto de estudo de diversos biólogos, veterinários entre outros profissionais.
Serviço – A Sabina fica na rua Juquiá, 135 – Bairro Paraíso, Santo André. Informações pelo tel.: 4422-2001.