A Caixa divulgou nesta sexta-feira, dia 12, os números do balanço referente ao primeiro semestre de 2016 e em coletiva de imprensa realizada em São Paulo confirmou a intenção de continuar cortando postos de trabalho.
“Temos feito um movimento muito significativo, especialmente no momento que passamos, tivemos desde o ano passado três PAAs (Programa de Apoio à Aposentadoria), então com isso se reduziu o número de empregados para 95,7 mil. Isso tem dado um efeito muito importante”, comemorou Márcio Percival Alves Pinto, Vice-Presidente de Finanças da Caixa.
Enquanto o número de empregados diminuiu, o número de clientes aumentou consistentemente e supera o patamar de 85 milhões. Houve crescimento de 4 milhões de clientes e redução de 2.235 postos de trabalho em um ano, fazendo com que a intensidade do trabalho na Caixa caminhe para níveis alarmantes. Apenas nos últimos três meses a Caixa cortou 1.304 postos de trabalho através do PAA.
No entanto, para Márcio Percival os números indicam “aumento de eficiência”. “Todas as instituições financeiras fazem isso (corte de postos de trabalho), fazem inclusive num patamar maior, dadas as características e nosso padrão de relacionamento, mas é uma tendência de mercado buscar cada vez mais diminuir despesas tanto administrativas como de pessoal”, justificou. A análise de Percival exclui a crescente reclamação dos trabalhadores de acumulo de função e pressão por metas. É também fato que só a receita com a prestação de serviços aumentou e paga com folga as despesas com pessoal (ver tabela abaixo).
Privatização
Durante a coletiva o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, evitou detalhar quais são os planos para as áreas de cartões, seguros e loteria, que já haviam sido anunciadas como alvo de venda de operações. “É uma grande oportunidade que estamos trabalhando e que poderão dar grandes resultados”, alegou Occhi reafirmando os planos de sua gestão.
Lucro
No primeiro semestre de 2016, a Caixa Econômica Federal obteve um lucro líquido de R$ 2,4 bilhões, o que representa retração de 29,73% na comparação com o mesmo período de 2015. O Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio acumulado nos últimos 12 meses, medida de rentabilidade dos bancos, foi de 9,76% (redução de 2,73 p.p.).